Vamos apresentar um modelo novo de organização da sociedade.

domingo, 9 de setembro de 2007

Censura, política e profissionalização do jornalismo

Quando os políticos passam a agir mais no interesse próprio, do que no interesse público, passam a necessitar da censura dos meios de comunicação social. Entretanto, a censura como uma instituição social distinta deixou de existir nas sociedades que se denominam democráticas, em nome da própria democracia.

Como é que então faz-se a censura na sociedade moderna? Tipicamente, estas funções são desempenhadas pelos próprios meios da comunicação social, na forma de auto-censura, as vezes com alguma ajuda das entidades interessadas, que indicam o ponto de vista que preferem sobre um certo assunto, mas na grande maioria dos casos nem isso é necessário.

Por que razões isso acontece? Alguns jornalistas - uma minoria - consideram que deste modo servem à Sociedade de melhor maneira, protegendo-a das informações e dos pontos de vista que esta não consegue perceber correctamente. Uma grande maioria não tem ilusões e faz aquilo que lhes seja exigido, simplesmente porque caso contrário não receberia o seu salário, pois não sabe fazer na vida nada alem de ajudar a criar uma realidade virtual necessária para uma existência cómoda dos seus empregadores, políticos - quer que sejam políticos públicos, actuando à vista, ou políticos de sombra. Pouquíssimos jornalistas, mesmo contados pelos dedos da mão esquerda, são tolerados - para dar uma imagem melhor aos restantes - mesmo quando conseguem transmitir pontos de vista e informações menos cómodos aos políticos, os quais entretanto fazem de conta que nada aconteceu.

Será possível alterar esta situação? Não, enquanto a comunicação social continua dependente do poder político e económico, servindo objectivamente aos interesses dos grupos detentores do poder, e deixando por cumprir o seu papel proclamado de servir aos interesses da sociedade.

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