Vamos apresentar um modelo novo de organização da sociedade.

domingo, 16 de setembro de 2007

Publicidade, comunicação social e alimentação saudável

Já referimos anteriormente que objectivamente a comunicação social sacrifica o interesse público, o qual supostamente deve estar a proteger, aos interesses privados, que lhe pagam por isso.

Vamos agora considerar a publicidade, a qual constitui a maior fonte de rendimento das média, mais concretamente, a publicidade de géneros alimentícios nas suas variadas formas.

Então, algumas ideais fixas/preconceitos criados pelos média na defesa dos interesses particulares das respectivas indústrias:
  • A margarina é mais saudável que a manteiga (conselho de nutricionista: evitar por completo as gorduras sólidas, incluindo margarina, pois estes aumentam os riscos de doenças do coração)
  • Os produtos lacticínios são necessários para fornecer o cálcio, imprescindível para evitar o osteoporose (as nações que consomem muitos produtos lacticínios sofrem mais da osteoporose; as proteínas existentes nos lacticínios facilitam as perdas do cálcio; o cálcio existente em vegetais e frutas aproveita-se muito melhor)
  • As bebidas não alcoólicas são saudáveis (pela quantidade de açucares que fornecem, não são aconselháveis a ninguém, e aos jovens muito menos, por promover a obesidade; além disso, fornecem o ácido fosfórico, que facilita perdas do cálcio - ver o ponto anterior)
  • Os complementos alimentares podem substituir vitaminas e minerais em falta, remediando os efeitos da comida de plástico (conselho de nutricionista: dar a preferência aos vegetais, frutos e cereais com fibra, que fornecem todos os elementos necessários para boa saúde)
Conclusão: a comunicação social desempenha o papel notavelmente contrário ao interesse público, em nome do qual goza de certos privilégios e de um estatuto especial do protector da verdade.

Referência:
Marion Nestle, "Eating made simple", Scientific American, September 2007, pp. 34-43; Internet: "Eating Made Simple"

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